quinta-feira, 6 de julho de 2023

Sobre estratégia de dividendos na seleção de ativos

Recentemente na blogosfera e em vários canais do YouTube surgiu uma discussão sobre a estratégia de acumulação baseada na seleção de ativos com base na sua distribuição de dividendos, o famoso DY (Dividend Yield).

A discussão estava baseada se esta seria correta ou a melhor maneira de atingir a independência financeira e acelerar a acumulação.


Nosso colega mago fez um excelente post sobre o assunto e concordei com ele em todos os aspectos, principalmente para uso em situações de aperto ou de usufruto.


Sou fã de carteirinha do Bastter e creio que ele fez um trabalho descomunal de educação financeira mesmo antes desse boom de YouTubers e conteúdo de finanças hoje disponíveis, e apesar de nunca ter sido assinante do seu site, acho que ele peca um pouco em só focar na fase de acumulação e fala muito pouco da frase do usufruto.


Não vou entrar na discussão matemática do desconto dos dividendos no preço da ação, mas o mago foi certeiro em um ponto: na fase de usufruto ou aperto financeiro, os dividendos podem sim ser uma ótima fonte de renda e no frigir dos ovos, você não se desfez dos seus ativos, que continuam a gerar dividendos e valorização ao longo do tempo. Sem contar outras questões como isenção de IR e da necessidade de pagamento de ganho de capital quando a venda é do ativo e não do recebimento dos dividendos.


Creio que a segurança psicológica que você tem sabendo que terá um fluxo de renda constante advinda dos dividendos o fazem uma excelente estratégia. Sim amigos, sei que matematicamente há o desconto na cotação e também o efeito do dragão da inflação, mas nunca se esqueçam: a vida não é uma planilha no Excel e nem tudo se resume a cálculos matemáticos.


No final do dia, você investe para ter tranquilidade, se como eu, você se sente melhor ao ver o fluxo constante de dividendos vá em frente, a gente investe é pra isso, pra termos paz de espírito e melhor qualidade de vida.


Hoje tenho uma carteira focada no crescimento do patrimônio e tenho focado em dois pontos:

  • Exposição a moeda forte e outros mercados além do Brasil 
  • Crescimento dos dividendos recebidos mensalmente


Sigo a regra de ouro de não girar patrimônio, mas novos aportes tem sido direcionados aos pontos acima e minha meta de curto prazo hoje é de chegar a 1 salário mínimo (R$1.320 reais - base de Julho/2023) em renda passiva mensal, hoje estou na casa dos 850-900 reais vindos da minha carteira de FIIs.


Além dos novos aportes, a medida em que alguns investimentos vão vencendo (especialmente TD IPCA), vou direcionando esses valores a estratégia dos dividendos, respeitando o balanceamento da carteira (renda fixa x variável e carteira Brasil x EUA). 


A meta maior é que a renda vinda dos dividendos paguem as despesas mensais e o ápice será quando metade dos dividendos bancarem o meu estilo de vida, pois com isso, ao reinvestir 50% você garante a preservação no longo prazo.


E você? Qual a sua opinião com relação a estratégia de investimentos baseada em dividendos?

2 comentários:

  1. Excelente! Renda passiva 2x maior que despesas é a liberdade financeira! Abraços

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  2. Muito obrigado pela menção, amigo. Fico feliz em encontrar pessoas que leram meu blog. Fico honrado de ser citado em seu blog e concordo com o que você escreveu: devemos buscar uma renda passiva que pague pelo menos o dobro de nosso custo de vida mensal.
    Também estou perseguindo a meta de 1 salário mínimo por mês de aluguéis de FIIs. Não é fácil, mas chegaremos lá, se Deus quiser!
    Abraço!

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