domingo, 23 de julho de 2023

Por que (e pra que) você investe?

Nos últimos 2 meses estou em um momento bem conturbado na minha vida profissional. 

Projeto em fase de finalização, com entregas em atraso, problemas inesperados, alta carga de trabalho e todos os combos de problemas que um projeto de TI possui.


Como todos outros projetos e tudo na vida, trata-se de uma fase que logo passa. Já diria o provérbio Português: Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe.


Devido a essa fase peguei-me pensando no título desse post: Por que (e pra que) você investe?


Creio que objetivo da grande maioria está na ponta da língua: alcançar a liberdade financeira, não depender da renda ativa do trabalho e ter mais liberdade.


Aqui vou ser provocativo (inclusive comigo mesmo): seria o ato de investir um ato de fuga, ou a criação de barreiras de proteção contra os seus medos?


Explico: o trabalho pelo menos em mim gera uma série de incertezas e medos. Darei conta do recado? E se eu perder o emprego? Como serei avaliado? Como os outros me enxergam?


Essa ansiedade e medos geram um sentimento de necessidade de proteção. Se eu não der conta ou for demitido, tenho uma boa reserva financeira para os períodos de tempestade e daí vem o ímpeto e vontade de investir e construir aos poucos a liberdade e independência do emprego.


Com isso chego na provocação do post: o meu ato de investir não está apenas no objetivo de alcançar a liberdade financeira, mas também me proteger dos meus medos e ansiedades. Esse é o seu cenário também?


Se você está nesse sentimento de investimento por medo/fuga de situações que a falta de dinheiro podem lhe trazer, a tendência é que você foque cada vez mais no acúmulo pelo distanciamento do medo do que a busca pela liberdade financeira.


Neste caso, você está trocando uma escravidão (depender da renda ativa para sobreviver) por outra: ficar escravo dos investimentos e acúmulo para fugir dos seus medos e ansiedades.


Claro que não estou advogando contra o ato de investir, pelo contrário, acho que todos devem construir a sua liberdade e estar no controle do próprio destino. A provocação aqui do post é justamente na origem desse ato: medo/fuga ou ato consciente de construção da liberdade?


Concluo esse post provocando sobre a minha visão ideal sobre os investimentos: equilibrar a busca pela liberdade financeira contudo, não se privar do consumo/conforto propiciados pelo dinheiro. 


Não deixe que os seus medos e ansiedades o dominem, pois com o sentimento de fuga, você passa a acumular apenas por acumular e principalmente para fugir dos seus medos e ansiedades.


Lembrem-se amigos, o dinheiro e os investimentos devem ser sempre o meio dos seus objetivos, nunca o seu fim. 


Não deixem que os seus medos e ansiedades o direcionem/pressionem, invistam para terem liberdade, qualidade de vida e usufruir do que o dinheiro pode oferecer. 


Aproveitem a jornada, usufruam dos seus ganhos e tenham equilíbrio entre investir x curtir o momento. Lembrem-se que a vida é agora, o amanhã nunca pode chegar.


Investir como sentimento de fuga apenas criará outro problema.


Abraços e até a próxima.

Um comentário:

  1. Excelente post IA, passo exatamente por isso e acredito que muitas pessoas também. Acredito muito que temos que encontrar um meio termo entre investimento x trabalho x gastos. Na minha últimas férias fiz uma viagem legal com a minha esposa para o exterior e em vários momentos fiquei pensando no custo da viagem, que aquele valor poderia estar investido e etc, no final, a viagem por mais marcante que ela seja, perde um pouco do sabor e da diversão. Precisamos entender realmente o que tem valor para nós.

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