Olá leitores, tudo bem?
Uso esse blog não só para compartilhar o patrimônio e alguns pensamentos, mas também para registrar os objetivos de longo prazo, de certa forma fica muito mais fácil de recuperar e consultá-los no futuro.
Nunca entrei em detalhes, mas meu companheiro(a) também trabalha, porém possui uma renda bem inferior à minha.
Durante as férias pensei o seguinte: e se eu rodar um MVP da minha FIRE/aposentadoria com ele(a)?
A ideia é simples, vou estipular um patrimônio alvo e ao alcançá-lo, faria a aposentadoria antecipada dele(a) e usaria o fluxo de renda dos ativos para propiciar esse novo estilo de vida.
Além de ter um ganho enorme na qualidade de vida do companheiro(a), terceirizaria parte das minhas atribuições pessoais.
Outro ponto a se destacar é que vocês devem ter observado que gosto muito de viajar e digamos que a profissão do meu companheiro(a) possui restrições no quesito férias. Realizando a aposentadoria antecipada, esse impedimento sumiria.
Vocês que me acompanham sabem do meu conceito de liberdade financeira: pra mim não é uma linha de chegada, mas sim um aproveitamento gradual do patrimônio construído. E pra mim, viajar mais faz parte dessa transição logo, remover esse impeditivo das férias e viajar mais seria mais um item na lista de desejos pré e pós FIRE.
Além de ser um excelente teste em menor escala da capacidade do patrimônio suprir renda permanente, teremos uma amarra a menos em nossa vida.
Mas ansioso, abrir mão da renda de um dos dois não pode ser perigoso?
Não cara pálida, definitivamente não.
Meu companheiro(a) possui renda bem inferior a minha.
Para cobrir as despesas do dele(a), são necessários 5 mil reais mensais, aqui inclui todas as despesas mensais e o valor que teremos que continuar contribuindo com o INSS, pois ele(a) estará em reta final de atingir a idade de requerimento.
Como disse acima, a renda do companheiro(a) é bem menor que a minha e daqui a 5 anos terei um patrimônio de respeito, não consumindo 1,5% dele anualmente, ou seja pouco interferiria no meu plano geral.
Além disso, a pessoa que está sendo "aposentado(a)", terá benefício pelo INSS em menos de 10 anos, o que justifica o risco tomado. E por último mas não menos importante, os dois já estarão na casa dos 50 anos na época de execução do plano. Aqui sigo o mantra: quanto mais idade e mais patrimônio, mais próximo da FIRE.
O plano
Expectativa e visão: Com 4 milhões já é possível extrair uma renda bem conservadora de 13.300/mês (considerando uma TSR de 4% a.a). Tendo em vista que são necessários 5mil/mês, não vale a pena a companheiro(a) continuar trabalhando.
Em 2030 estarei na casa dos 50 anos e o grosso do patrimônio já estará formado, tendo os aportes cada vez menos relevância em sua composição total. E no final das contas, não estarei usando 2% anual do patrimônio, o que me dá uma margem bem segura para a execução do plano.
Passos do plano*:- Meta alvo financeira: 4.000.000,00 (Quatro milhões de reais)*
- Data estimada FIRE MVP: 01/03/2031
- Companheiro(a) estará com 55 anos
- Renda necessária companheiro(a): 5.000 (Cinco mil reais)*
- Aposentar companheiro(a) e usar parte dos rendimentos para despesas
- Acompanhar comportamento do patrimônio
Memória de cálculo para atingimento*:
- Aporte médio mensal: $14.500
- Bônus do período (5 anos): $1.000.000,00*
- Estimativa de aportes + juros (5% real/ano): $3.599.676,40*
- Total + bônus: $4.599.676,40*
* Atualizar todos os valores pelo IPCA de Set/2025
No ritmo atual, em cerca de cinco anos alcanço a meta de 4 milhões de reais (em valores de Set/25).
Uma premissa que terei é usar exclusivamente o rendimento do patrimônio e não da renda ativa do meu trabalho.
Sim, eu poderia fazer isso com a minha renda ativa mas no final do dia, será um jogo de soma zero, pois tanto faz aportar menos e não sacar do patrimônio, mas o objetivo aqui é justamente esse: botar a prova a teoria FIRE de retirada do patrimônio.
E o seu FIRE ansioso? Quando virá?
Em tese ao alcançar 4 milhões (em valores corrigidos) já sou mais do que FIRE, até lá muita água vai passar debaixo da ponte e muito vai mudar, mas hoje, repito hoje, o trabalho não é um sacrifício tão grande pra mim e consigo levar por mais tempo.
Essa é uma decisão que tomarei quando estiver acima desse valor patrimonial e principalmente, a depender das condições da época.
O que tenho em mente é que em hipótese alguma, ultrapassarei os 55 anos trabalhando.
Por hora, sigo firme aportando e aproveitando a vida ao longo da jornada.
Os fechamentos mensais vão me ajudar a medir a aderência do plano, tudo dando certo, ao final de 2030 compartilho com vocês essa nova fase.
Até logo pessoal!
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